Lula 4: A Esperança Popular
Mídia Tradicional e Mercado: O Duplo Ataque ao Crescimento do Brasil

O mercado financeiro brasileiro, alinhado a interesses elitistas e conservadores, frequentemente atua como um elemento de pressão sobre governos que buscam implementar políticas de redistribuição de renda e fortalecimento da economia real. Durante o terceiro mandato de Lula, a mídia tradicional e setores do mercado têm conspirado contra as conquistas sociais e econômicas do governo, criando uma narrativa de crise artificial. O controle inflacionário, o aumento real do salário mínimo e os avanços na produção industrial são ignorados em prol de uma agenda que favorece altas taxas de juros e a especulação financeira. O comportamento do presidente do Banco Central, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ao manter os juros elevados e permitir a alta do dólar, reforça essa postura antidesenvolvimentista.
Apesar dessas adversidades, o governo Lula apresenta números promissores. O desemprego atingiu a mínima histórica de 6,2%, de acordo com o IBGE, enquanto o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024. A produção industrial, frequentemente usada como indicador de vitalidade econômica, superou expectativas com um crescimento de 1,9%. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou positivamente a projeção de crescimento do Brasil para 2025, estimando um avanço de 2,4%. Esses resultados mostram que, mesmo diante de sabotagens internas e externas, a economia brasileira tem potencial para se fortalecer, especialmente com políticas que priorizam o consumo, o investimento produtivo e a inclusão social.
O mercado financeiro brasileiro, no entanto, permanece viciado em juros altos, beneficiando um pequeno grupo de milionários e bilionários que acumulam fortunas sem contribuir diretamente para a economia real. Com a taxa Selic em 12%, investidores que aplicam R$ 1 milhão conseguem um retorno de R$ 1,8 milhão ao ano sem realizar qualquer esforço produtivo. Esse modelo perpetua a concentração de renda e prejudica a ampla maioria da população, que depende de empregos, crédito acessível e serviços públicos eficientes. É um sistema que recompensa a inércia financeira enquanto penaliza o trabalho e a produção.
Para superar esses desafios, é necessário repensar o papel do Banco Central e dos atores financeiros na construção de um país mais justo. Taxas de juros acessíveis, estímulos à indústria e políticas de redistribuição de renda são essenciais para garantir um crescimento econômico sustentável e coletivo. O Brasil tem condições de crescer de forma equilibrada, mas isso exige enfrentamento aos interesses do mercado financeiro e maior transparência na condução da política monetária. A economia não pode servir apenas a poucos; ela deve ser a base para uma sociedade mais equitativa e solidária.
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