Selic Alta e Dólar Nas Alturas: Quem Ganha e Quem Perde?

O Papel da Extrema Direita na Crise Econômica Brasileira

Selic Alta e Dólar Nas Alturas: Quem Ganha e Quem Perde?
A Omissão do Banco Central e o Futuro da Economia Brasileira

A política monetária conduzida pelo Banco Central do Brasil sob a liderança de Roberto Campos Neto tem gerado debates intensos. Com o dólar atingindo patamares próximos a R$ 6,09, a falta de ações concretas para conter essa valorização da moeda estrangeira prejudica diretamente a economia do país. A alta do dólar impacta os preços de produtos importados, eleva o custo de insumos para a indústria e pressiona a inflação, afetando o poder de compra da população e aprofundando desigualdades sociais.

Apesar de o Banco Central dispor de reservas internacionais robustas que poderiam ser utilizadas para conter a disparada do dólar, a instituição permanece inerte. Essa omissão favorece segmentos do mercado financeiro que lucram com a especulação cambial, enquanto setores produtivos, como a indústria e a construção civil, enfrentam custos elevados e paralisia. O impacto dessa política na geração de empregos é evidente, com o Brasil perdendo oportunidades de estimular o crescimento econômico em áreas essenciais para o desenvolvimento.

Além disso, a manutenção da taxa Selic em níveis elevados é outra escolha que beneficia a elite financeira, enquanto penaliza a maioria da população. O Banco Central direcionou cerca de R$ 890 bilhões ao mercado financeiro como remuneração da dívida pública, um montante que poderia ter sido investido em infraestrutura, educação e programas de geração de emprego. A política de juros altos desestimula investimentos produtivos, restringe o crédito e trava o crescimento econômico, perpetuando um modelo que favorece poucos em detrimento da maioria.

Esse cenário tem contado com o apoio de setores da extrema direita, que defendem um modelo econômico centrado na austeridade fiscal e no benefício de investidores. A ausência de uma estratégia voltada para o fortalecimento da indústria, do mercado interno e da geração de empregos reflete uma agenda política alinhada a interesses de curto prazo, que ignora as necessidades estruturais do país. Campos Neto, ao priorizar políticas que favorecem o mercado financeiro, distancia-se do papel central de promover estabilidade e desenvolvimento econômico.

É essencial que a população brasileira esteja atenta para não ser manipulada pelas narrativas que justificam a alta do dólar e os juros elevados como inevitáveis. Políticas monetárias mais equilibradas, que combinem controle inflacionário com estímulos ao crescimento, são possíveis e necessárias. Uma postura mais ativa do Banco Central, utilizando suas reservas e ajustando a política de juros para beneficiar a economia real, é crucial para reverter esse quadro e colocar o Brasil em um caminho de desenvolvimento sustentável e inclusivo.